Como lidar eficazmente com uma pessoa controladora

Lidar com uma pessoa controladora pode ser um desafio, quer se trate de um familiar, amigo ou colega de trabalho. Não é invulgar encontrar alguém que queira controlar todos os aspectos da sua vida, desde o que veste até com quem passa o tempo. Este tipo de comportamento pode ser frustrante, stressante e até prejudicial para a sua autoestima.

Felizmente, existem formas de lidar com uma pessoa controladora e manter o seu sentido de identidade. É importante compreender que o comportamento controlador está muitas vezes enraizado na insegurança e no medo, e não é um reflexo do seu valor como pessoa. Ao estabelecer limites, comunicar assertivamente e dar prioridade às suas próprias necessidades e desejos, pode minimizar o impacto de uma pessoa controladora na sua vida.Vamos aprofundar o assunto mais abaixo.

Reconhecer o comportamento de controlo

Lidar com uma pessoa controladora pode ser um desafio, mas reconhecer os sinais de comportamento controlador pode ajudá-lo a lidar com a situação.

Sinais subtis de controlo

O comportamento de controlo pode ser subtil e difícil de reconhecer. Alguns sinais subtis de controlo podem incluir

  • Críticas ou depreciações constantes
  • Isolamento da pessoa dos amigos e da família
  • Limitar o acesso da pessoa a dinheiro ou recursos
  • Culpar a pessoa por tudo o que corre mal
  • Usar a culpa ou a manipulação para conseguir o que quer

Estes comportamentos podem parecer inofensivos no início, mas podem rapidamente agravar-se e tornar-se mais graves.

Sinais óbvios de controlo

Alguns comportamentos de controlo são mais óbvios e fáceis de reconhecer, como por exemplo

  • Violência física ou ameaças de violência
  • Intimidação ou assédio moral
  • Monitorizar todos os movimentos ou comunicações da pessoa
  • Ditar o que a pessoa pode vestir, comer ou fazer
  • Recusa em permitir que a pessoa tome as suas próprias decisões

Estes comportamentos não só são prejudiciais como também podem ser perigosos. Se você ou alguém que conhece está a ter este tipo de comportamentos, é importante procurar ajuda imediatamente.

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Compreender as causas profundas do controlo

Lidar com uma pessoa controladora pode ser um desafio e frustrante. No entanto, compreender as causas do controlo pode ajudar as pessoas a reagir de forma mais eficaz. O controlo está muitas vezes enraizado em questões psicológicas ou emocionais subjacentes, como a insegurança, o medo e traumas ou abusos passados.

Insegurança e medo

Uma das principais razões pelas quais as pessoas se tornam controladoras deve-se às suas próprias inseguranças e medos. Podem sentir falta de controlo nas suas próprias vidas e, como resultado, tentam controlar os outros à sua volta. Este comportamento pode manifestar-se de várias formas, tais como microgerir, ditar como os outros se devem comportar ou ser excessivamente crítico em relação aos outros.

É importante compreender que o comportamento de controlo é muitas vezes um reflexo das lutas internas da própria pessoa. Ao reconhecer isto, os indivíduos podem abordar a situação com empatia e compaixão, em vez de se tornarem defensivos ou combativos.

Traumas ou abusos passados

Outra causa comum do controlo é o trauma ou abuso passado. Os indivíduos que sofreram trauma ou abuso podem sentir uma maior sensação de vulnerabilidade e uma necessidade de controlo como forma de se protegerem, o que pode resultar num comportamento de controlo como forma de evitar sentirem-se impotentes ou desamparados.

É importante abordar as pessoas que exibem um comportamento controlador com sensibilidade e compreensão. Reconhecer que o seu comportamento pode estar enraizado em traumas ou abusos passados pode ajudar as pessoas a responder de uma forma mais compassiva e eficaz.

Ao reconhecer que o comportamento de controlo está muitas vezes enraizado em questões psicológicas ou emocionais subjacentes, as pessoas podem abordar a situação com empatia e compreensão.

Estabelecer limites e comunicar de forma assertiva

Lidar com uma pessoa controladora pode ser um desafio, mas estabelecer limites e comunicar de forma assertiva pode ajudar. Eis algumas dicas:

Identificar os seus limites

O primeiro passo para estabelecer limites é identificá-los. Dedique algum tempo a refletir sobre aquilo com que se sente confortável ou não. Isto pode incluir coisas como o tempo que passa com a pessoa, os tópicos de conversa que estão fora dos limites e os comportamentos que são inaceitáveis. É importante ser claro sobre os seus limites para que os possa comunicar eficazmente.

Comunicar os seus limites

Depois de identificar os seus limites, é altura de os comunicar à pessoa que o controla. Utilize frases com "eu" para expressar como o comportamento dela o faz sentir e seja específico sobre o que precisa dela. Por exemplo, "Sinto-me desconfortável quando critica as minhas escolhas. Preciso que respeite as minhas decisões e não tente controlar-me." É importante manter-se calmo e assertivo quandocomunicar os seus limites, pois ficar na defensiva ou ser agressivo pode agravar a situação.

Também pode ser útil ter um plano para reagir se a pessoa controladora violar os seus limites, o que pode incluir abandonar a situação, terminar a conversa ou procurar o apoio de um amigo ou familiar de confiança.

Fazer cumprir os seus limites

Impor os seus limites pode ser um desafio, especialmente se a pessoa controladora estiver habituada a conseguir o que quer. No entanto, é importante manter os seus limites e não ceder às suas exigências, o que pode implicar repetir os seus limites e consequências, utilizar uma linguagem não conflituosa e manter-se calmo e firme.

Se a pessoa controladora continuar a violar os seus limites, pode ser necessário limitar ou cortar o contacto com ela. Esta pode ser uma decisão difícil, mas é importante dar prioridade ao seu próprio bem-estar e segurança.

Lembre-se de que estabelecer limites e comunicar de forma assertiva não significa controlar a outra pessoa, mas sim cuidar de si próprio e manter relações saudáveis. Com a prática, pode tornar-se mais confiante na sua capacidade de estabelecer e fazer cumprir os seus limites.

Procurar ajuda profissional

Se a pessoa que exerce o controlo na sua vida estiver a causar um sofrimento significativo, procurar ajuda profissional pode ser benéfico. Existem vários tipos de profissionais que podem ajudar, incluindo terapeutas e advogados.

Terapia

O terapeuta pode ajudá-lo a identificar padrões nas suas relações e fornecer-lhe orientações sobre como estabelecer limites e comunicar eficazmente. Pode também ajudá-lo a trabalhar quaisquer questões subjacentes que possam estar a contribuir para a sua vulnerabilidade ao comportamento controlador.

Existem diferentes tipos de terapia que podem ser úteis, incluindo a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia comportamental dialética (DBT). A TCC foca-se na alteração dos padrões de pensamento e comportamentos negativos, enquanto a DBT enfatiza a atenção plena e a regulação emocional.

Intervenção jurídica

Nalguns casos, pode ser necessária uma intervenção legal para se proteger de uma pessoa que o controla. Se a pessoa tiver um comportamento abusivo, pode obter uma ordem de restrição ou apresentar queixa criminal. Um advogado pode fornecer orientação sobre as suas opções legais e ajudá-lo a navegar no sistema jurídico.

É importante notar que a intervenção legal deve ser um último recurso e nem sempre é a melhor opção. Pode ser um processo moroso e stressante e pode não proporcionar uma solução permanente para o problema. É importante pesar os prós e os contras da intervenção legal e considerar a possibilidade de procurar terapia ou outras formas de apoio antes de tomar medidas legais.

Conclusão

Em última análise, lidar com uma pessoa controladora requer uma combinação de paciência, assertividade, autocuidado e empatia. Nem sempre é fácil, mas é possível manter relações saudáveis e respeitosas, mesmo com pessoas difíceis.

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